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A mente

A ETERNA PARTIDA DE XADREZ.

"Existe o Tao unificador e é só isso. Como posso chegar a ele? Mas ao afirmar "existe o Tao unificador e é só isso", não estarei a referir-me a qualquer coisa? Assim parece que o Tao e aquilo que afirmo passam a ser duas coisas, a seguir, duas coisas mais o Tao passam a ser três coisas. E a soma nunca mais acabaria..."
(Chuang Tzu)

Deixe a mente jogando sua partida de xadrez. É somente uma mente que acredita ver todas as jogadas que ela já decidiu.

Todos os movimentos são decididos por ela. A mente nunca viu um movimento que não fosse por ela mesmo decidido!

A mente nunca viu um movimento estranho, inusitado, indecidido.

Estranho e inusitado é, no máximo, uma combinação rara de deslocamentos e rotações e coisas do tipo.


A mente não apenas nunca viu como não pode ver. Ela tem absoluta certeza que não há movimento por ela não decidido. Isso não significa que ela não possa pensar isso, conjecturar. Ela sabe, inclusive, que se houver um movimento novo no sentido de não realizado e decidido por ela, ela não pode vê-lo! Ela lida muito bem com isso, porque tem absoluta certeza que tal movimento não existe. A mente pode falar de dragões fora do mapa, mas, de fato, a mente nunca os viu. Os dragões que a mente vê são, e nisso ela está certíssima, alucinações dela mesma.

Deixe a mente observando seus animais de poder. É somente uma mente que acredita ver todos os atos de poder que ela já decidiu.

Todos os atos são decididos por ela. A mente nunca realizou um ato que não fosse pelo poder dela mesma.

Mágico e transformador é, no máximo, uma combinação rara de rearranjos e composições e coisas do tipo.

A mente não apenas nunca fez como não pode fazer. Ela tem absoluta certeza que não há ato por ela não realizado. Isso não significa que ela não possa pensar isso, conjecturar. Ela sabe, inclusive, que se houver um ato novo no sentido de não realizado por ela e pelo poder dela, ela não não pode reconhecê-lo. Ela lida muito bem com isso, porque tem absoluta certeza que tal feito não se dá. A mente pode falar de fênix fora do tempo, mas, de fato, a mente nunca teve esse poder. A fênix que a mente vê é, e nisso ela está certíssima, delírio dela mesma.

Deixe a mente replicando-se infinitamente em espelhos de si mesma. Isso não a esgota, nem lhe causa perturbação. Essa é sua natureza. Agora mesmo ela assim faz, tanto para quem escreve quanto para quem lê. E ela mesmo acompanha essa frase e diz também: "deixe a mente fazer isso ou aquilo", porque ela tem certeza absoluta que é somente ela quem decide e realiza tudo.

postado em 15/01/2018

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